quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Especial Miriam Leitão


Vida e Perfil

Miriam Azevedo de Almeida Leitão, atualmente jornalista, é comentarista do Bom dia Brasil de assuntos correlatos à economia, também da rádio CBN, do Globo News e é colunista econômica do O Globo. Leva a fama de “brigona” e para Luís Erlanger, que levou Miriam para a TV Globo, ela é a jornalista mais completa do país. Para o comentarista econômico Carlos Alberto Sardenberg, ela "nunca se contentou com as explicações oficiais".
Nascida em Caratinga, Minas Gerais, em 1953, filha de um pastor prebisteriano e uma professora primária, Miriam teve 11 irmãos e estudou no colégio Vale do Rio doce, fundado por seu pai. Com o instinto da curiosidade ativo desde pequena, quando criança corria ao ouvir a música do noticiário, aos 15 já lia dois jornais por dia, pois é louca por notícias e informação, como a descreve no perfil da página do Bom dia Brasil.

Partiu para Vitória, Espírito Santo, aos 18 anos, começou a trabalhar como estagiária da Tribuna de Vitória mesmo sem ter iniciado o curso de comunicação social. Dois meses depois foi contratada pelo principal jornal do estado, o diário. Assim se inicia a carreira jornalística de Miriam.
Ainda no Espírito Santo, participou do movimento estudantil capixaba, no início da década 1970, contra a ditadura militar. Foi presa aos 19 anos, quando estava grávida de seu primogênito. Sofreu perseguições e foi demitida de vários empregos, até que conseguiu se estabilizar na Gazeta, em Vitória, como editora na área de economia. Pouco tempo depois, mudou-se para Brasília e começou a tratar de assuntos diplomáticos, na gazeta Mercantil. Então, formou-se no curso de jornalismo pela Universidade de Brasília, UnB.

Entre 1982 e 1985, Miriam trabalhou para Editora Abril, em São Paulo. Primeiro trabalhava na redação da revista veja, depois passou para um projeto da Abril Vídeo, o programa de TV, do grupo,Veja entrevista, que não teve continuidade.

Em 1985, Miriam foi convidada por Marcos de Sá Correa para cobrir as férias de Zózimo Barroso de Amaral no Jornal do Brasil, escrevendo colunas sociais. Mais tarde, em 1986, Miriam ganhou o cargo de editora e colunista de economia. Permaneceu no JB por cinco anos. Miriam foi convidada a participar de programas de TV como A semana, exibido pela TV Bandeirantes, e do Programa de domingo, da TV Manchete.
Em 1990, começou a trabalhar para o Estado de S. Paulo, escrevendo as colunas de
economia.
Já em 1991, foi contratada pela rede Globo, onde desde então permanece, voltou a escrever a coluna Panorama econômico do jornal o Globo, em 1993. Também se tornou comentarista do jornal Hoje em 1995, e desde então passou a contribuir com seus comentários no Jornal Nacional e no Bom dia Brasil.

Em 2000, Miriam passou a apresentar o programa Espaço aberto Economia e a fazer comentários na CBN.

Miriam Comenta sobre o fim do jornal impresso JB, onde ela trabalhou na editoria de economia.



Gratificações pela sua competência

Miriam Leitão conquistou prêmios por sua dedicação e competência apresentados perante a sociedade, entre eles estão: o Prêmio Ayrton Senna de Jornalismo econômico em 2004, o Prêmio Tolerância Federal Internacional com o caderno A Cor do Brasil, o Prêmio Orilaxé do grupo Afroreggae, o Prêmio Comunique-se, o Prêmio Maria Moors da Universidade de Columbia em 2005, e o Troféu Mulher Imprensa em 2009, voltando às finais neste ano de 2011. 

Livro de Miriam- Saga Brasileira.


Opinião
Em entrevista à Voz da Experiência, um portal da internet, Miriam disse que “ um bom jornalista é completo justamente quando ele tem sempre em mente que nunca está completo. Um bom jornalista tem que estar constantemente em busca de novas informações, novos aprendizados, novas fronteiras. Ou seja, é buscar uma vida inteira e nunca estar completamente satisfeito”. Também explicou que a rotina de um jornalista é não ter rotina, e isso faz com que a profissão seja intensa. Talvez as necessidades do país durante a vida de Miriam a tenham levado para a vertente do jornalismo em que ela mais se destaca, a Economia, assim ela expressa “Não sei muito bem de onde veio o meu gosto pela economia, acho que ele foi surgindo porque, por um longo período da minha vida profissional, o maior desafio do país era combater a inflação. A pauta econômica ficou muito mais interessante, e eu me sentia útil ajudando o país a entender as confusões econômicas. Mas hoje, embora eu permaneça na janela econômica, tenho incluído cada vez mais assuntos na minha pauta. Temas como as questões racial e ambiental, o combate à pobreza e à corrupção estão na minha lista de preocupações. Ah, sobre a formação, não tenho especificamente diploma de economia, mas estudei e estudo o assunto sem parar.” E Para quem quer seguir em economia, Miriam da a dica “De fato o jornalista de economia continua sendo um profissional muito disputado. Dependendo de onde se trabalhe, é a editoria com maiores salários, em média. Fazer MBA, mestrado ou mesmo a graduação em economia é escolha de cada um. No entanto, faça o que o que fizer, não deixe de estudar constantemente, mesmo que seja sozinha. Tem que ler o que está acontecendo neste momento na economia. É preciso aproveitar o contato com cada economista para aumentar o conhecimento técnico. Mas uma dica: é sempre bom ter em mente que jornalista é jornalista, economista é economista, e o nosso papel é falar claro. Sobre outras áreas, acho que há oportunidades se abrindo e que terão mais demanda no futuro, como ciência e meio ambiente”. E sobre o futuro e a segurança da vida de um jornalista, também dá sua opinião sobre a atual realidade “Esse tema precisa realmente ser debatido nas universidades e nas redações. A minha geração enfrentou os riscos da ditadura. Agora, o risco é a violência. O problema é que, se o jornalismo não souber enfrentar esse desafio, ele pode se acovardar, e isso pode comprometer a qualidade do trabalho. O equilíbrio entre a segurança física do repórter e o dever de informar tem que ser avaliado caso a caso. Hoje já existem jornalistas se preparando para cobrir uma situação de conflito armado.” 
Por: Ludmila de Castro.




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